Com o crescente interesse por criptomoedas no Brasil, uma dúvida que tem surgido com frequência é sobre como declarar essas moedas digitais no Imposto de Renda. Em 2025, os investidores que possuem criptomoedas precisam estar atentos às mudanças nas regras de declaração para evitar problemas com o fisco. Este artigo é um guia completo sobre como declarar suas criptomoedas de forma correta, seguindo as normas da Receita Federal e evitando riscos de multas ou mal-entendidos.
A primeira questão importante a ser abordada é a obrigatoriedade da declaração de criptomoedas. De acordo com as normas da Receita Federal, qualquer pessoa que tenha recebido em criptoativos um valor superior a R$ 5.000 em 2025 deve informá-los na declaração de Imposto de Renda. Além disso, é essencial que os contribuintes mantenham um controle rigoroso sobre as transações realizadas ao longo do ano, já que a Receita exige uma prestação de contas detalhada, especialmente sobre os lucros obtidos.
Ao declarar as criptomoedas, é importante preencher o campo correto na ficha de “Bens e Direitos” do Imposto de Renda. Nessa ficha, será necessário informar o tipo de criptoativo que você possui, como Bitcoin, Ethereum, entre outros, e o valor correspondente. É fundamental também que você esteja atento ao preço de mercado das criptomoedas no último dia do ano, já que o valor informado deve ser o atual, e não o valor de compra.
Uma das principais dificuldades para os investidores é a conversão das criptomoedas em reais. Como as criptomoedas não têm um valor fixo e flutuam constantemente, é preciso atentar para a cotação no momento da transação ou no último dia do ano. Por isso, muitos optam por usar plataformas de câmbio de criptomoedas, que oferecem um histórico preciso das transações, ajudando no processo de conversão. Manter esses registros atualizados facilita a declaração no momento de preencher a declaração de Imposto de Renda.
Outro ponto relevante é sobre a tributação das criptomoedas. Caso o contribuinte tenha realizado a venda de criptoativos e obtido lucro superior a R$ 35.000, ele deverá pagar imposto sobre o ganho de capital, que varia de 15% a 22,5%, dependendo do valor. Esse lucro deve ser informado de maneira detalhada na ficha de “Rendimentos Variáveis”, com a respectiva apuração do imposto devido, conforme as orientações da Receita Federal.
Para os investidores que operam com criptomoedas em exchanges internacionais, é importante lembrar que a Receita Federal exige que esses ganhos também sejam informados, independentemente de onde a negociação tenha ocorrido. Nesse caso, o processo de conversão de valores pode ser mais complexo, já que é necessário realizar a conversão das criptomoedas para reais, considerando a cotação do momento da operação. Em situações como essa, utilizar serviços de contadores especializados em criptoativos pode ser uma solução eficaz para evitar erros.
Caso o contribuinte tenha algum valor de criptoativos perdido ou esquecido, é necessário reportar esses ativos na declaração do Imposto de Renda como “bens e direitos”, mesmo que não seja possível localizá-los fisicamente. Isso pode ocorrer, por exemplo, no caso de wallets ou exchanges que tenham falido ou sido hackeadas. Mesmo assim, a Receita Federal exige que os contribuintes informem esses detalhes, para que não haja omissão de bens no momento da declaração.
Por fim, é essencial destacar que o não cumprimento das regras de declaração de criptomoedas pode resultar em severas penalidades, incluindo multas e até investigações. Portanto, os investidores devem se atentar às atualizações anuais das normas de tributação e, sempre que necessário, buscar o auxílio de profissionais qualificados para garantir que a declaração seja feita de forma correta. Declarar suas criptomoedas no Imposto de Renda pode parecer complicado, mas com a organização e o controle adequado, é possível fazer isso de forma eficiente e sem problemas futuros.
Em resumo, declarar criptomoedas no Imposto de Renda em 2025 exige atenção aos detalhes e um controle rigoroso sobre todas as transações realizadas ao longo do ano. Com a crescente popularização das criptomoedas, o fisco brasileiro tem se tornado mais exigente quanto à tributação desses ativos. Assim, é fundamental que os investidores estejam bem informados sobre as regras para evitar surpresas e garantir a conformidade com a Receita Federal.
Autor: Samuels Baravks
