Bitcoin supera US$ 51 mil e dispara 20% em sete dias; alta vai continuar?

Samuels Baravks
Samuels Baravks

O preço do bitcoin voltou a subir nesta quarta-feira, 14, com a criptomoeda superando a faixa de US$ 51 mil. Dados da plataforma CoinGecko apontam que o ativo subiu 3,8% nas últimas 24 horas, acumulando uma valorização de 20% nos últimos sete dias. Além disso, ele opera atualmente no maior patamar de preço desde dezembro de 2021.

Com a nova alta, o bitcoin retomou uma capitalização de mercado superior a US$ 1 trilhão. Ao mesmo tempo, a alta da maior criptomoeda do setor também impulsiona outros ativos, trazendo mais otimismo para os investidores. O ether subiu 16% nos últimos sete dias, cotado atualmente em US$ 2.754.

Para João Galhardo, analista da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual, a nova valorização está ligada ao comportamento dos ETFs de bitcoin que foram lançados nos Estados Unidos em 11 de janeiro: “Conforme observamos uma redução significativa nas saídas do ETF da Grayscale, constata-se um aumento notável na entrada de capital por meio dos demais ETFs”.

Alta do bitcoin vai continuar?
Galhardo aponta ainda que “essa dinâmica de intensa pressão compradora, aliada a fatores como a aproximação do halving e a expectativa de início de um ciclo de expansão monetária nos Estados Unidos ainda neste ano, compõe um contexto que reforça e solidifica a tendência de alta da criptomoeda”.

O ETF da Grayscale foi o grande fator de queda para a criptomoeda nas últimas semanas, já que o fundo acumulou um forte fluxo de saídas após receber a autorização da SEC para ser convertido em um ETF. O produto perdeu mais de US$ 1 bilhão em investimentos, precisando realizar uma venda equivalente de unidades da criptomoeda, derrubando o preço.

Nos últimos dias, porém, o fluxo de saída de investidores caiu, enquanto o fluxo de entrada nos ETFs restantes se manteve, trazendo um otimismo para o mercado. A demanda pelos fundos também resulta em uma demanda maior pelo bitcoin, ajudando na valorização da criptomoeda.

O novo cenário positivo coincide ainda com a expectativa dos investidores para o chamado halving do bitcoin, quando a quantidade do ativo enviada como recompensa para mineradores cai pela metade. O novo halving está previsto para abril, e a redução na oferta da criptomoeda pode resultar em uma valorização no preço, caso a demanda se mantenha ou aumente.

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